10/03/2012

A história de Jacques DeMolay





Está não é uma história da ordem DeMolay, mas a história resumida de DeMolay
Jacques de Molay
Jacques DeMolay foi o último Gão Mestro  da Ordem dos Templários, em representação do Século XIX. Não existe nenhum retrato seu feito em vida.
Nome completo: Jacques de Molay
Nascimento: entre 1243/1244 ou 1249/1250 (não se sabe o ano correto)
Morte: 18 de Março de 1314 - em Paris. 
Nacionalidade: Borgonhês (pois o território ainda não pertencia ao Reino da França na época em que Jacques de Molay nasceu)
          Jacques de Molay foi um nobre militar nascido em um vilarejo do Condado da Borgonha, onde hoje é uma comuna francesa localizada no departamento de Haute-Saône. Pertencia a uma família da pequena nobreza francesa, sabe-se pouco sobre sua infância e adolescência, tendo sido cavaleiro e o último grão-mestre da Ordem dos Cavaleiros Templários, cuja ordem foi e é tema de muitos filmes.
         Aos 21 anos de idade, como era comum aos filhos da nobreza Europeia, DeMolay entrou definitivamente para a ordem dos Cavaleiros Templários. Nobres de toda a Europa enviaram seus filhos para se tornarem cavaleiros, apesar de nem todos conseguirem realizar-se, e isso foi um dos motivos de ponto inicial para que a Ordem tomasse um rumo de acúmulo de riquezas e se tornar tão popular em todo continente Europeu e em parte do Oriente Médio. Era uma época de batalhas medievais, e a Ordem era sancionada pela Igreja Católica Apostólica Romana, sua função era proteger e guardar as estradas que levavam a Jerusalém,  as excursões e viagens dos apóstolos da Igreja , lugares em que haviam muitos ataques. Os Cavaleiros Templários participaram de várias Cruzadas e com isso, conquistaram certa reputação de heroísmo com seus bem feitos e vitórias, na maioria das vezes em defesa dos inocentes e em busca da defesa dos aliados indefesos.
         Em 1298 Jacques DeMolay foi nomeado Grão-Mestre da Ordem dos Templários, após a morte de seu antecessor, Thibaud Gaudin, uma posição de poder e prestígio, visto que se tratava de uma Ordem poderosa e cheia de riquezas. Em seu mandato como Grão-Mestre, Jacques DeMolay passou por várias crises, visto que nas Cruzadas seus cavaleiros estavam sendo derrotados em algumas batalhas contra os pagãos, sarracenos, que capturavam cidades e portos nas proximidades das localizações dos Cavaleiros Templários e inclusive, os territórios jurisdicionados à outra ordem da cavalaria, os Hospitalários, que também sofreram insolências pagãs. Os Hospitalários também eram conhecidos como a Ordem da Cruz de Malta, denominada assim, pois após várias derrotas em cruzadas eles foram para Malta, onde tal ordem também pertencia a Igreja Católica, e na época era uma Ordem Militar Cristã (assim como a dos Templários). Hoje se trata de uma ordem humanitária e internacional, que dirige hospitais e centros de reabilitação. Depois de algumas derrotas, os Nobres Cavaleiros companheiros de Jaques DeMolay resolveram se reorganizar e retomar suas forças, pra isso, partiram para a ilha de Chipre, esperando que todo o público, de cavaleiros a camponeses, se juntasse em apoio ao propósito das Cruzadas, mas em vez disso os cavaleiros atraíram a atenção dos grandes senhores feudais, onde muitos desses eram parentes dos cavaleiros, até porque, como referido, para ingressar nas Ordens de Cavalaria, era necessário ser filho de um nobre. 
          Em 1305 o rei Filipe IV, conhecido como “Felipe O belo", por sua beleza peculiar, acreditou que poderia ter o controle da Ordem dos Templários, para impedir o crescimento da Ordem sob o poder da Igreja Católica, afinal o rei pretendia controlar a Ordem dos Templários e dos Hospitalários. Filipe O Belo foi amigo de Jacques DeMolay, inclusive um dos filhos do rei era seu afilhado, Delfim Carlos, o que se tornou Rei Carlos IV. Mesmo sendo amigo de DeMolay, o rei tentou unificar os Templários e os Hospitalários, acompanhando o crescimento de ambas com autonomia distinta, imaginou que as duas Ordens juntas seriam uma grande potência econômica, mesmo diante das várias derrotas nas cruzadas,  seus bem feitos trouxeram a retribuição de muitos nobres, devido as várias propriedades e outros tipos de riqueza. Mas Filipe não obteve sucesso por recusa dos líderes de ambas Ordens; então o rei enfurecido, decide acabar com a Ordem dos Templários com a autorização do Papa, seu amigo próximo. Convidou o nobre francês Esquin de Floyra à denegrir a imagem dos templários, atacando em especial Jacques DeMolay, por ele ser Grão-Mestre e líder da Ordem Denegrida, e como recompensa receberia terras que pertenciam aos templários, se assim fossem derrubados.
           Em 1307 começou a perseguição aos Nobres Cavaleiros companheiros de JD. Jacques DeMolay havia ido à França para o funeral de uma conhecida da Casa Real Francesa, mesmo possuindo um exército com aproximadamente 15 mil homens à disposição, o Grão Mestre estará no evento acompanhado de poucos Cavaleiros, para que a terra Santa não ficasse totalmente desprotegida. Na madrugada de 13 de outubro, ele e seus homens foram capturados e lançados nas masmorras por Guilherme de Nogaret, um homem de confiança de  Filipe O Belo. Ficaram presos por 7 anos de tortura e condições sub humanas, enquanto isso o Rei comandava as forças do papa Clemente V, seu amigo próximo,  para julgar e condenar os capturados. Suas riquezas e propriedades foram confiscadas e dadas à proteção de Filipe IV e da Igreja.
           Após 3 julgamentos e muita tortura, Jacques DeMolay continuou sendo leal ao seus irmãos cavaleiros, ele se recusou a revelar o local das riquezas da Ordem, a denunciar a localidade de seus companheiros. Em 18 de Março de 1314 foi levado a Corte Especial, como evidências tal Corte dependia de confissões forjadas, falsos documentos com a assinaturas falsas de Jacques DeMolay. Ainda assim, sabendo da verdade em mente e sem medo da morte, o Grão Mestre alegou, com fidelidade, que as confissões não eram verdadeiras, inclusive na época, para os Monarcas e de acordo com as regras da inquisição e da Igreja, o ato de confessar más condutas e logo em seguida ocultar o próprio veredito, era considerado digno da pena de morte e os documentos mesmo sendo falsos, foram encarados pela corte como certas confissões. Com o ato de negação das presentes acusações à DeMolay, ficou entendido como crime. Jacques Demolay foi julgado pela Inquisição, pelo Papa Clemente V e por Filipe O Belo. Guy d'Auvergne, Godofredo de Goneville e Hugo de Peralde também desmentiram a posição dos documentos forjados e foram condenados à morte na fogueira junto a seu Grão Mestre. O rei Filipe ordenou que fosse cumprida a sentença naquele mesmo dia, 18 de Março de 1314, tendo Jaques DeMolay seus 70 anos de idade. Por este nobre e heroico ato de fidelidade e companheirismo, fica registrado na história da Ordem DeMolay e de inúmeros livros escolares a bravura na defesa de seus ideais e a cordialidade pela promessa de não revelar nenhum segredo à qualquer profano ou outro desconhecido.
           Durante sua morte na fogueira Jaques DeMolay intimou os causadores de sua morte e o fim da Ordem dos Templários, o Rei Filipe IV, Guilherme de Nogaret e o Papa Clemente V, dizendo:

       Neka, Adonai! Chol-Begoal! Papa Clemente...Cavaleiro Guilherme de Nekan... - Intimo-os a comparecer perante ao tribunal de Deus dentro de um ano, para receberem o justo castigo. Malditos! Malditos! Todos malditos, até a décima terceira geração de vossas raças!"



             Desses três intimados, o primeiro a morrer foi o Papa Clemente V, logo depois o Chefe da guarda e o conselheiro real Guilherme de Nogaret, por fim, em 27 de Novembro de 1314 morre aos 46 anos de idade o Rei Filipe IV, "O belo".

@Ronaldodr

0 comentários:

Postar um comentário

Obrigado por passar por aqui e deixar seu piteco !